●Fevereiro 001
●Março 045
●Abril 083
●117 de maio
●Junho 149
●Julho 183
●Agosto 213
●Setembro 245
●Outubro 281
●317 de novembro
●Dezembro 343
●Janeiro 369
●Fevereiro 401
●Epílogo 407
●Posfácio 409

Quando Sean Baxel tinha 18 anos, ele viu pela primeira vez uma livraria chamada The Book Shop na cidade escocesa de Wigtown. Ele estava andando com um amigo e viu a vitrine cheia de livros. Ele disse ao amigo: "Esta loja definitivamente irá à falência até o final do ano."

[Inglês] Escrito por Sean Bessel e traduzido por Gu Zhen

Fevereiro
Então eu quero ser um livreiro profissional? Em geral, não. Embora o chefe tenha me tratado muito bem, eu me diverti na livraria.
George Orwell, Bookshop Memories, Londres, novembro de 1936
A relutância de Orwell em se juntar ao negócio de venda de livros é compreensível. Aos olhos de fora, os donos de livrarias são, em sua maioria, impacientes, paranoicos e antissociais - Dylan Moran retratou essa imagem vividamente em "Blake's Bookshop" - e isso parece ser (em sua maioria) realidade. Há exceções, é claro, e muitos livreiros não são assim. Mas, infelizmente, eu sou. No entanto, nem sempre foi assim. Lembro-me de que, antes de comprar esta livraria, eu era bastante gentil e amigável. As perguntas rápidas e chatas, a situação financeira precária e as discussões intermináveis com os balconistas e os clientes pechinchando sem fim, um após o outro, me fizeram assim. Quanto a mim,